Te apresento ao hospício.

Vocês bem sabem que eu sou estranha. Se não sabem, perceberão. Meu objetivo não é causar a reflexão de ninguém, apenas expor as minhas. Porque tinha de fazer isso em algum lugar. Se ajudar alguém, ótimo. Mas eu digo e repito, psiquiatria pro bono não é meu forte e eu não pretendo mudar isso. Para os que não entenderam, EU NÃO SOU UM OUVIDO AMBULANTE, tampouco ombro para que chores em cima. Se contradisse isso sem me consultar, você é só um emo abusado de quem eu muito provavelmente não gosto. Agora que cumpri minha meta de assustar-lhes, podem ler meus grandes e confusos textos. Ou não. Como diz minha esposa Priscila, tudo é relativo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Casa é onde sou livre para escrever.

Cá estou novamente. É bem acolhedor e exatamente o que eu procurava essa coisa de escrever em blogs. Estou ao alcance de todos, não estou? É como a vida real. Mas ninguém de fato me alcança. Seria bom que isso fosse também uma analogia à vida. Dá uma sensação de segurança que normalmente não consigo ter por ser uma pessoa muito paranóica. Sempre fui; A diferença é que hoje em dia a minha vida pouco me importa. Quero pelos outros. Não sei se isso chega a ser altruísta, já que - e isso soará bem egocêntrico, daí mais uma contradição - talvez as pessoas fossem sentir a minha falta se eu não fosse cautelosa comigo mesma.

Tudo é realmente contraditório e confuso para mim. Só para mim? Só para nós? Me pego imaginando se anos atrás também existia tal complexidade, os dilemas da vida; Se era tudo tão simples como relatado em filmes e livros, ou só faltava capacidade de compreensão para quem observava. De qualquer maneira, me parece que seria mais fácil viver no passado. Quando os dilemas eram complexos em sua simplicidade, mas que uma simples decisão acabaria com a agonia. Hoje não... Hoje um dilema não é entre duas opções, entre três. Existem várias, inúmeras opções e caminhos ao nosso alcance, e temos que tomar várias decisões para chegar ao destino ainda assim incerto.

Talvez essa seja a evolução que todos falam que algum dia acontecerá, mas ninguém percebe que já está acontecendo. Hoje temos capacidade de ver a complexidade em uma escolha e balancear as consequências de nossas decisões; Bem, a maioria de nós tem.

A minha conclusão é que a evolução nada mais é do que um agravante para a enxaqueca - para mim já insuportável - das pessoas do cotidiano.



Um comentário:

  1. Amoreco, você precisa divulgar este blog.
    Sério, um tema tão démodé quanto evolução nas suas mãos parece novo e adequado à correria do dia-a-dia. Me lembra Clarice Lispector, se é válido dizer, você dá vários ângulos para ver o mesmo objeto sem cansar o leitor.
    Parabéns, parabéns, pa-ra-béns.
    2012 o cacete, nós acabaremos com o mundo antes.

    ResponderExcluir