Por que nos sentimos tão mal? E por que quando nos sentimos assim, parece que é quando ninguém tem paciência para nos ouvir? E quem normalmente teria ouvido justo nessa hora precisa do nosso ombro? Por que um pensamento extremo é tachado como loucura ou outro rótulo que nunca seria apropriado? Por que às vezes queremos morrer e matar? Eu me pergunto entre outras. É a guerra. Guerra interna que ocorre com os que pensam. Aquela que às vezes só quer lutar para sair na superfície, se demonstrar, gritar a todos o seu poder. Porém nesse caso bem específico a ação ou até mesmo a violência não são sinônimos de força. Pelo contrário. Nesse curto momento intenso, o que mede a força é a duração de seu silêncio. Pense nos torturados da época da ditadura e veja se aqueles donos dos nomes que lhe saltam à mente como pessoas que você admira desistiram do silêncio; Não. Eles foram fiéis a ele até que o outro lado cedeu. E as cicatrizes que ficaram não são apenas as visíveis; A cicatriz do silêncio é invisível e nunca se fecha por inteiro. Mas vale a pena.
Portanto quando um amigo seu ficar quieto, respeite-o. Ao menos isso. Porque de duas uma: Ou ele é mais corajoso do que você ou é burro demais para perceber que há uma luta. Os burros precisam de seu espaço, afinal apesar de tudo são felizes.
É um mundo corajoso esse nosso. Não?
Te apresento ao hospício.
Vocês bem sabem que eu sou estranha. Se não sabem, perceberão. Meu objetivo não é causar a reflexão de ninguém, apenas expor as minhas. Porque tinha de fazer isso em algum lugar. Se ajudar alguém, ótimo. Mas eu digo e repito, psiquiatria pro bono não é meu forte e eu não pretendo mudar isso. Para os que não entenderam, EU NÃO SOU UM OUVIDO AMBULANTE, tampouco ombro para que chores em cima. Se contradisse isso sem me consultar, você é só um emo abusado de quem eu muito provavelmente não gosto. Agora que cumpri minha meta de assustar-lhes, podem ler meus grandes e confusos textos. Ou não. Como diz minha esposa Priscila, tudo é relativo.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Aguente o silêncio. O seu e o alheio.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Uma época de merdas fantasiosas
Essa data não significa nada para mim. Carnaval. Feriado. Tempo para dormir, mesma coisa. Sair da rotina não é tão especial quando você entra em outra rotina, a de férias, porém com a consciência de que em alguns dias terá de abandoná-la de novo. E mesmo nessa constância, eu não sinto vontade de ter uma vida social animada. Talvez, às vezes, contato com pessoas faça falta. Bem, recentemente não tenho sentido tal coisa. Muita gente - gente que teve paciência e capacidade de me julgar - diz que isso é antissocialismo. Eu não digo mais nada. Não penso mais sobre o que ocorre comigo, sobre os pequenos dramas de minha vida ou as rotinas em que me alterno. Hoje em dia minha vida se resume ao nada. E isso basta.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Marquinhas.
E novamente a insegurança em si mesmo e a segurança de que tudo dará errado o impede. Novamente você se vê em um impasse, sem saber como dar um fim no problema e um começo em sua vida. Sem saber se há a remota possibilidade de amanhã ser melhor do que hoje, e ainda sim ter esperança. Mesmo sabendo que a esperança é irrevogavelmente o que vai te destruir cedo ou tarde. Porque algumas esperanças sempre serão vãs. Assim como algumas amizades, algumas conversas e alguns dias; Nem tudo na vida tem um propósito. Não há tal coisa como sinais. Só há a mágoa e a cicatrização, o ciclo constante que nos confunde. Porque só sentimos coisas boas poucas vezes na vida. E passamos um bom tempo depois se arrependendo por ter entregado a esse sentimento todo o nosso ser. O resto é apenas um mal entendido; Porque nós, bobos, pensamos que ao cicatrizar a felicidade volta. Não, a cicatriz é somente o ciclo da vida. E ela permanece lá. A cada cicatriz você aprende, ou não; O problema das cicatrizes emocionais é que nem todos podem ver. Geralmente ninguém enxerga. E elas perdem o propósito, não perdem? Pois todos te veem como a mesma idiota que você era antes de tudo acontecer; E a experiência só existe para quem acredita nela. Se ninguém te vê e trata com respeito, você não tem nada. A não ser que tenha sempre alguém para te ajudar com a cicatrização. Mas não conte com isso. Todos eventualmente nos magoam. E não há tal coisa de "Escolher por quem vale a pena sofrer". Não vale a pena sofrer por ninguém. Nem por você mesmo. A vida não faz sentido. Não para mim, ao menos. Frequentemente gostaria de ser burra.