Cruzo as mãos mesmo achando esse gesto vazio; Não há fé. É assim a esperança de um ateu. Ouço citações da bíblia mesmo sendo esta apenas mais um livro que não lerei; É assim a desatenção do ateu. Penso nas razões e apenas nelas, afinal acho utópica a existência de uma razão com consciência... É assim a reflexão de um ateu.
Minhas incertezas não se explicam pela metade, um Deus que não se faz presente não é o bastante.
Minha ausência de fé parece incomodar a todos, menos a mim mesma...
Talvez eu tenha pena e inveja de Deus. Talvez a contradição faça-me ir pelo caminho mais fácil; Ignorar a estrada paralela que todos parecem levar. Quem nunca ouviu que o caminho mais fácil nem sempre é o certo?
É assim a opinião de um ateu. Pelo menos a minha. Há vários tipos de ateus. Há individualidade. Dentre nós, ao menos...
Sou apenas uma. Talvez algum dia encontre uma companhia.
Caso contrário, provavelmente não recorrerei a Deus. O silêncio dobra meu ceticismo. Nem Ele e nem seus bilhões de discípulos mudarão meu silêncio. Por dentro, minha mente cala-se. Deixa-se levar. Dentro só há música. E incertezas. E ceticismo. A essência de um jovem. No final, a individualidade é apenas uma ilusão. Somos humanos, independente do que nos espera e antecede nas extremidades desse fato. O nascimento e a morte. Inevitáveis.
Sejam humanos; Creiam na ilusão da individualidade. Pois eu, incrédula em seu mestre, vivo da ilusão da paz.
Te apresento ao hospício.
Vocês bem sabem que eu sou estranha. Se não sabem, perceberão. Meu objetivo não é causar a reflexão de ninguém, apenas expor as minhas. Porque tinha de fazer isso em algum lugar. Se ajudar alguém, ótimo. Mas eu digo e repito, psiquiatria pro bono não é meu forte e eu não pretendo mudar isso. Para os que não entenderam, EU NÃO SOU UM OUVIDO AMBULANTE, tampouco ombro para que chores em cima. Se contradisse isso sem me consultar, você é só um emo abusado de quem eu muito provavelmente não gosto. Agora que cumpri minha meta de assustar-lhes, podem ler meus grandes e confusos textos. Ou não. Como diz minha esposa Priscila, tudo é relativo.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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